Amanhecer das Rosas

Amanhecer das Rosas

Botões se abrindo na delicadeza e magnitude dos minutos. No vaso, gotas serenas deixadas pelo orvalho. A névoa da manhã é baixa, toca levemente a vegetação. Um silêncio nostálgico! Em meio aos vibrantes raios de sol, que logo aquecem o chão, o cheiro inconfundível da hortelã. Folhas aos pares, graciosas, se desprendem dos eucaliptos. Milhares de formagas iniciam sua árdua jornada diária, na incessante marcha pelo proveito. Pássaros também despertam em seus acolhedores ninhos. A…

Ler mais

Algumas notas

Algumas notas

As poças d’água são espelhos que se partiram em pedaços e refletem todo o esplendor do céu. A chuva vem sozinha: a relva se delicia e canta ao vê-la chegar. O céu não esconde seu espanto: a cada nuvem cinza nascida, ele abraça mais uma névoa. O sol fechou um olho e abriu o outro. Está em eclipse! As estrelas estremecem no vasto breu: elas todas conspiram a nosso favor! O sol namora a praia,…

Ler mais

A língua

A língua

Difícil e penoso é atinar a brasa posta entre a língua e o mal. Que afina e definha, conta mentiras e seduz. Qual nave desgovernada, se arremessa sobre os vis. Faz alarido, estardalhaço, causa pavor com seus ardis. Língua ferina e armada, quem a dominará sobre o adverso sistema que a empurra a confundir? Autora: Marcela de Baumont Ficha técnica de Marcela de Baumont: Formada em 1976, pela UFRGS, na Faculdade de Comunicação Social, é bacharel…

Ler mais

A NOITE

A NOITE

Serena e silenciosa a noite se aproxima como uma deusa divinamente ornada – sobre a cabeça traz uma grinalda de estrelas e sob os pés carrega uma montanha de flores. Ela traz uma paz indizível e permanente, espira em seus poros tantos belos romances, providencia a inebriante calmaria do momento e como uma dama abre seu caminho ao relento. Seu frescor se pode reconhecer de longe, embevecida e plangente a cada instante. Ela é musa…

Ler mais
1 9 10 11