Sonho perdido

Sonho perdido

Dentro do meu sonho, há um mar perdido de solidão, afligido e cansado, à procura de consolação… Há uma constante nostalgia em meu pranto e só a voz dos anjos a me reconfortar. Espero um sinal de momentos felizes quando ainda estávamos a comemorar. Lamento profundo e persistente em tudo – no falar, no calar, no repercutir – vibrando sem cessar e me acorrentando… Soluços em meio às mentiras e pensamentos são interrompidos pela voz…

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A breve história de Johnny Paulistano – Capítulo 2

A breve história de Johnny Paulistano – Capítulo 2

Para Johnny, aquele semestre foi bem diferente dos outros anos que passou na outra escola, da cidade de São Paulo. Ele fez alguns amigos, começou a prestar mais atenção nas aulas e já não ficava mais sozinho no recreio. A alegria era tão grande que Johnny não via mais o tempo passar. Alguns meses se passaram e os pais de Johnny decidiram que era hora de voltar à cidade de São Paulo. Ao ouvir a…

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Calados

Calados

Falam de forma estranha de jeito sofrido de cabeça baixa Falam sem refletir no que dizem sem perceber as palavras sem ouvir a própria voz Falam abertamente aos quatro ventos tenazmente e com eloquência inquietamente sem ser coerentes Depois, calam! Deixam de argumentar o que é certo Deixam de atender os necessitados Deixam de observar o sol após a tempestade Autora: Marcela de Baumont Ficha técnica de Marcela de Baumont: Formada em 1976, pela UFRGS,…

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Lisboa

Lisboa

Torres góticas Arcos em palmas Pontes arcadas Sol poente latente inconsequente Desnuda o Tejo Luz de prata lunar Calçadas luminosas Paredes rústicas avermelhadas Janelas trancadas Cortinas em linho fino Bordados na praça A preço final Dia de festa Fados xales romarias Portão lisbonense Cadeados niquelados Armadura de papel Autora: Marcela de Baumont Ficha técnica de Marcela de Baumont: Formada em 1976, pela UFRGS, na Faculdade de Comunicação Social, é bacharel em Jornalismo, Relações Públicas, Propaganda…

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Mar enfurecido

Mar enfurecido

Eu não vi a tarde nos deixar … e a noite já chegou – fria, muito fria, sem luzeiros no céu. Apenas nuvens esparsas, altas, muito altas reveem um tempo atrás – quando as montanhas caíam desesperadas no mar enfurecido, pelo nevoeiro de inverno. O Mar do Norte avançou pelos regaços da praia, que se alongava em quilômetros (não medidos em horas, mas andamos muito perto de pequenos vilarejos, sem destino) atordoados pela ressaca… –…

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Na Favela é Assim

Na Favela é Assim

Silzinho do Rap – Na Favela é Assim Na favela é assim, minha gente eu vou contar. Tem que ter proceder, pra você nela morar. Não sendo assim, a história pode mudar. Tem muita gente ruim que atraiu isso pra cá. E bico sangue ruim, zé povinho, aqui não vai morar. Porque espancou um mano na porta de um bar. Coitadinho, a vida dele era sempre trabalhar. Nunca roubou, nunca matou. Um mano do morro…

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Independência

Independência

O próprio dia se levanta Em forma de cores vibrantes, Saudando a todos Com seu vibrar retumbante. Corre o tempo solene Enquanto fazemos batalhas, Levando no peito armadura Para alcançarmos vitória. Além de sermos pungentes, Além de sermos contumazes, Procuramos sempre olhar em frente Para nos tornarmos independentes. A terra ressalta o senso De estarmos todos aliados, Formando uma imensa corrente Pelo caráter de nosso heroísmo. Alertas como as formigas, Que em seu reduto fortificado,…

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Noite das paixões

Noite das paixões

A noite espreita a lua, Que sozinha e pensativa, Vai passear pelos montes, Conhecer novos horizontes, Se vestir com maestria. A noite soluça ao vento, Que veloz e cativante, Sai a viajar com destreza, Se aproxima da serrania E vaga com a calmaria. A noite estende seus braços Sobre as árvores e os pássaros, Acalenta com ternura os sonhadores, Carrega os corações e suas paixões Ao domínio supremo da harmonia. Autora: Marcela de Baumont Ficha…

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A noiva da tarde

A noiva da tarde

Retalho de folha enuvia meus olhos. Por trás há um brilho, o brilho do sol… Lentamente cai a tarde dissipada, num dia de agosto, pelas frestas do sonho. A música combina os laços das flores da noiva que voa no carro conversível. E o sino anuncia mais uma dose de serenidade: doces pétalas deslizam até a face do orvalho. Autora: Marcela de Baumont Ficha técnica de Marcela de Baumont: Formada em 1976, pela UFRGS, na…

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A infância de Johnny Paulistano – Parte 2

A infância de Johnny Paulistano – Parte 2

Como toda criança, Johnny queria mais sair correndo e aproveitar as férias em seu mundo secreto. Mas o que ele não sabia é que, naquele verão, as coisas iriam mudar. O irmão mais velho de Johnny, Tony, tinha vários amigos desde quando moravam em São Paulo. E, diferentemente de Johnny, por onde passava Tony fazia amigos. Os dois eram como óleo e água, não se misturavam e eram o oposto um do outro. Um muito…

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