SOU DO TEMPO

SOU DO TEMPO

Sou do tempo em que a matemática estava recheada de tabuada, com direito de ir à frente do grupo, para mostrar o que sabíamos. Sou do tempo em que a prova de química era feita com a tabela periódica ao lado, mas sem aqueles ajustes todos para dar uma colher de chá. Sou do tempo em que a nossa tão amada língua portuguesa era descrita por verbos em suas conjugações e havia a lista infinita…

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No fim do dia

No fim do dia

Tenho notado a sua ausência, Você está tão longe de mim. E a sensação que tenho agora Me faz sofrer demais assim. Aonde você vai que não me diz? O fim da tarde logo vem E o seu perfume fugiu de mim. Não sinto mais a sua espera Enquanto o dia vai terminar. Talvez seja só uma lembrança Pensar que você não quer voltar. Seu doce olhar como criança Deixa minha vida bem melhor. Aonde…

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Nós, os homens

Nós, os homens

Somos autodestrutivos Perdemos a noção do bem Procuramos realizar grandes obras Mas terminamos de dizimar vidas Das árvores, dos animais, dos homens Desencadeamos ao nosso redor Horror e fobia, tristeza e devastação Criamos um círculo de abandono Por onde passamos e continuamos Semeando a discórdia e os conflitos Nosso coração está endurecido, frio Nossa mente volta-se ao egoísmo Porque não temos tempo para o outro Porque nossa ganância atingiu o ápice Porque há ferocidade em…

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Bilros

Bilros

A chegada de rendeiras, com suas famílias, provenientes de Portugal, principalmente das regiões do Minho, Alentejo, Algarve e Estremadura, trouxe uma cultura extraordinária para o nosso país no período da colonização. As famosas rendas de bilros ainda hoje são tecidas e trabalhadas por mulheres, geralmente de origem humilde, que tão bem produzem tal primor. A mecânica de produção de cada peça é descomplicada, segundo elas afirmam, mas que trazem um alto poder de concentração durante…

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Os bordados e seu fetiche

Os bordados e seu fetiche

Uma arte que acompanha o homem Desde que a humanidade se conhece, algum tipo de bordado tem sido usado para dar mais graça a um tecido ou outro material. Sabemos que as linhas, como são hoje confeccionadas, nem sempre foram tão finas nem possuíam a gama de cores que hoje alcançam. Mesmo com parcos recursos, o bordado enfrentou séculos e séculos para atingir um alto e raro grau de beleza. Na Renascença, muitas formas de…

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Para Lorena

Para Lorena

Em seu terceiro ano de vida Quando você veio para nós, Um novo tempo se abriu: Esquecemos nossos problemas, Deixamos de lado nosso egoísmo, E ficamos encantados, mais e mais. Você tão pequena, tão frágil, Em seu pequeno ninho distante De todos nós. Quanta falta nos fazia Ficar mais perto de você, Vê-la acordar a cada manhã, Saber que seu coraçãozinho batia, Perceber suas mais tenras necessidades. Essa espera foi longa e dolorida, Apertando fundo,…

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Cerâmica (Parte 1)

Cerâmica (Parte 1)

Aplicações em vários formatos Produzir cerâmica remonta a épocas longínquas da história humana.  A argila ao ser moldada quando misturada proporcionalmente à água, sendo endurecida  após a queima, possibilitou o  seu armazenamento de grãos ou líquidos, evoluindo mais tarde para artigos melhor elaborados, com bocais e alças, imagens em relevo, ou com pinturas vivas, os quais passaram a ser considerados objetos de decoração. Figuras humanas ou humanoides, representando possivelmente deuses daquele período, também aparecem com frequência….

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Bijuterias artesanais em alta

Bijuterias artesanais em alta

Um ótimo presente A palavra Bijuteria vem do francês Bijou e significa Joia. Bijuteria ou bijouterie são anéis, brincos, broches, pingentes, alfinetes e pulseiras feitos a partir de materiais considerados “não nobres”, como plástico, pedras preciosas sintéticas, lãs, linhas, tecidos, capim dourado, folha de bananeira, entre outros. No entanto, isso não quer dizer que uma bijuteria não tenha seu valor. Elas possuem valor estético e decorativo. E ainda a compra e a venda mostram o…

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Portão no inverno

Portão no inverno

Olho com olhar fino entre as grades do portão: Meu primeiro passeio vagueia entre as réstias de sol. Esse sol pequeno, de inverno, nem faz aquecer meu leito. O quarto se fecha cinzento como o ar de julho, matreiro. E minhas mãos empalidecidas mal tocam o metal e se congelam como um paradoxo de tarde, como uma inspiração teatral. O portão de tão lato está rachado e mal consegue suportar a gélida garoa a se…

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O sentir do poeta

O sentir do poeta

Não gosto de frasear correndo, Com o pensamento no dedo E a caneta no travesseiro. Prefiro espremer a memória, Destilar a essência, a glória, Consumir litros e quilos de ideias, Não ficar marcada na prateleira. Eis que um som ondulado Faz sua morada na minha imaginação, E assim vai dançando, Percorrendo sonetos, poesias e poemas. O sentido pode não estar claro – clara mesmo é a luz difusa No fim do saber, do compreender. Faz…

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