Quando a delação premiada é uma faca de dois gumes

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Não deveria haver delação premiada. Por quê?

Quando se incrimina alguém para diminuir sua pena, significa que os dois incriminados são réus, um igual ao outro. Embora os delitos de um possam ser mais amenos que os de outro, isso não significa que ambos deixaram de cometer delitos, que quebraram as regras e as leis a que todos os cidadãos de uma nação estão sujeitos.

É a velha ironia de o sujo falar do mal lavado. No caso, o que vem acontecendo em nossa nação, com muito mais ênfase de uns anos para cá.

Permitir que alguém descumpra as leis para que eu (ou você) possamos também descumpri-las, no mínimo, é insensatez, falta de ética e moral e ladroagem a céu aberto. Uns se sujando na lambança do outro.

Assim, anos a fio sucedeu em nosso país, com a bandeira de que iriam ser iguais, fortes e incorruptíveis. Nada disso ocorreu. A igualdade não passou de trapaça; a fortaleza serviu de escudo para tapar os crimes; a incorruptibilidade não aconteceu. Descambou ainda mais.

Para nos tornarmos ainda mais vulneráveis, muitos sucumbiram aos belos prazeres de uma nova ideologia, que nos colocaria no topo de uma lista não definida, aliás, imaginária.

Hoje olhamos em volta e para trás e o que vemos? Quais os resultados que vamos colher desse imenso e colossal infortúnio em que estamos inseridos? Temos ou não certeza para onde queremos ir e o que devemos, desde agora, já, realizarmos para não nos deixarmos levar por qualquer vento de traição?

Nosso ego foi golpeado com uma faca de dois gumes, entrando lentamente na carne e arrancando o que ainda restava de sensatez e razão.

Será preciso lutar muito para que tudo o que está diante de nossos olhos seja remodelado, reformado, transformado, totalmente reerguido. Com seriedade, destreza, responsabilidade, compromisso e lealdade.

Reinos e reis caíram por não atenderem ao pedido do povo, por serem tremendamente egoístas e medíocres em seus devaneios de poder a qualquer preço, buscando com sua ganância arrancar até o pão da boca dos pequeninos.

Não vamos novamente correr atrás de ilusórios, demagogos e corruptos, na razão e na sensibilidade. Eles não estão preocupados em resolver as questões mais básicas do povo, que dia e noite sai de casa sem saber se terá um amanhã.

Vamos procurar viver com seriedade nossos projetos e sonhos, buscando a verdade, o certo e o mais excelente que uma nação deve promover: cuidar do seu povo.