Lisboa

Lisboa

Torres góticas Arcos em palmas Pontes arcadas Sol poente latente inconsequente Desnuda o Tejo Luz de prata lunar Calçadas luminosas Paredes rústicas avermelhadas Janelas trancadas Cortinas em linho fino Bordados na praça A preço final Dia de festa Fados xales romarias Portão lisbonense Cadeados niquelados Armadura de papel Confira também:

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Independência

Independência

O próprio dia se levanta Em forma de cores vibrantes, Saudando a todos Com seu vibrar retumbante. Corre o tempo solene Enquanto fazemos batalhas, Levando no peito armadura Para alcançarmos vitória. Além de sermos pungentes, Além de sermos contumazes, Procuramos sempre olhar em frente Para nos tornarmos independentes. A terra ressalta o senso De estarmos todos aliados, Formando uma imensa corrente Pelo caráter de nosso heroísmo. Alertas como as formigas, Que em seu reduto fortificado,…

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Noite das paixões

Noite das paixões

A noite espreita a lua, Que sozinha e pensativa, Vai passear pelos montes, Conhecer novos horizontes, Se vestir com maestria. A noite soluça ao vento, Que veloz e cativante, Sai a viajar com destreza, Se aproxima da serrania E vaga com a calmaria. A noite estende seus braços Sobre as árvores e os pássaros, Acalenta com ternura os sonhadores, Carrega os corações e suas paixões Ao domínio supremo da harmonia. Confira também:

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A noiva da tarde

A noiva da tarde

Retalho de folha enuvia meus olhos. Por trás há um brilho, o brilho do sol… Lentamente cai a tarde dissipada, num dia de agosto, pelas frestas do sonho. A música combina os laços das flores da noiva que voa no carro conversível. E o sino anuncia mais uma dose de serenidade: doces pétalas deslizam até a face do orvalho. Confira também:

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Fim de estação

Fim de estação

No limite, entre o céu e a terra, O ar atravessando as partículas Da essência da vida… O mesmo ar gélido que desce a encosta E vem repousar nas grutas… Na estrada, a neve entapeta o asfalto… As árvores se desnudam E comoventes tentam se aquecer Quando a tarde vasculha seus galhos. O estreito fica mais íngreme e silencioso… Desenhados na branquidão Estão os sulcos, e os rastros de velhos lobos Ficam de sinal na…

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História de nós dois

História de nós dois

Eu sei que a minha dor não é a dor maior do mundo, É apenas uma dor que arrebata aqui no peito, Deixa sua marca imprimida a sangue e lágrimas, Carrega com alegrias e traz muito sofrimento. Mas agora que você perto está e ouve este lamento, Sei que poderemos prosseguir pela vida juntos, Compartilhar nossas emoções, dúvidas e pensamentos, Conhecedores que somos da nossa história e de nossos momentos. Assim, vamos os dois alçar…

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Partida

Partida

Hoje procurei, entre os retalhos da partida, uma estrela esvoaçante, um pedaço do trajeto da minha história, um horizonte de flamingos escarlates. Dessa expressão tão fugidia, o canto das cotovias ressoa estendido, a porta do futuro solta seu silêncio, os sonhos se desprendem na imensidão. Partem as folhas secas do fim da estação inconsolada desse inverno, sem respostas ao vazio do presente e remotamente desconfiguradas ao cair. Sussurros de rosas no jardim da saudade, com…

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A fuga dos colibris

A fuga dos colibris

Minúsculos, gestos gentis… Em pouco tempo aparecem Dezenas de colibris, Enchendo todo canto Com seu ruflar de asas E colorindo o dia de anil. Seu balé é magnífico, Num vaivém entre as flores, Querendo se apressar Antes que falte o pólen. Então, levanta-se uma cortina De uma janela pueril. Meninas de tranças observam O doce embalo dos galhos Que se entrelaçam às rosas E assim espantam os colibris. Confira também:

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