Litoral

Litoral

Na areia uma concha repousa – Veio com as ondas agitadas Que percorreram o vasto oceano. O silêncio principia sua jornada, Quebrado apenas pelo som do mar – Um denso mar que se alarga de costa a costa. O vento geme suas palavras – O murmúrio de muitas palmeiras estende-se Pela faixa litorânea como uma orquestra. Confira também:

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Lágrimas ao entardecer

Lágrimas ao entardecer

A parede ouve meu eco na rouquidão da tristeza. Pálpebras se cerram, de assalto as lágrimas descem… O gotejar dos pensamentos invade a lucidez das ideias. Vagam pequenos lampejos entre o despencar do dia. Sombras magníficas de montanhas abraçam a tarde… O passaredo se achega aos ninhos. Então meus olhos se secam e, sem perceber, me vejo admirada com o entardecer. Confira também:

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Noite na Praça

Noite na Praça

Os palestrantes se apresentam A platéia se levanta E o vendaval corre velozmente Trazendo folhas secas do outono A esfinge solitária adorna O canto esquerdo da praça O velho do violoncelo desafina Em suas notas pausadas e dolentes Os pássaros param de cantar Aninham-se entre as figueiras Enquanto o gélido ar se espalha Pouco a pouco chega a noite E no luar distante e tímido Valsam estrelinhas e nuvens azuis Como um risco em retrato…

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Céu de contrastes

Céu de contrastes

O céu reverteu seu contraste na densa face do rio… Os dias que passam ao lado se sobrepõem às sinfonias da tarde. Leve brisa que nos acena seu breve sorriso encantador… Os momentos vão se alinhando ao horizonte das nossas vibrações. E pouco a pouco, vagarosamente, as aves se aninham em galhos, o mais escondido possível, bem longe do chão. A insistência dos ventos traz ainda um ar de inverno estranho, nas novas linhas da…

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Por que temos de crescer?

Por que temos de crescer?

Por que nos separamos dos amigos das amigas dos lugares agradáveis da escola primária do sorvete na pracinha do chiclete de bolinha das pipas ao vento dos rojões de junho do caderno com espiral do travesseiro furado do doce da vovó do cachorro-quente e suco de maracujá de correr na chuva descalços de brincar de roda e pega-pega de furar bolo com confetes… Pergunto então: por que temos de crescer tão rápido? Confira também:

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De menino e de vento

De menino e de vento

Quando o céu veio chorando, Não sabia que eu era menino, Não conhecia o canto da flor. Fiquei parado, desatento, Aturdido com falas e murmúrios. Queria correr, correr não podia, Queria gritar, gritar não conseguia. Tudo ficara quieto e sonolento. E o vento, um vento insuflado, Cortante como o velho Minuano, Gostava de atordoar o rio. As fileiras, que carregam sulcos, Não pensavam direito, cambaleavam, Na ponta de uma caneta vermelha. A outra voz que…

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Crianças no Campo de Camomila

Crianças no Campo de Camomila

No imenso campo, descansam camomilas. Dançam ao menor movimento do vento. Crianças do vilarejo saem às pressas da escola, logo ao lado, e vão pulverizar com seus sorrisos infantis o doce e perfumado aroma das flores. Não há pintor que consiga captar tamanha euforia, uma alegria imensurável. Com suas faces delicadas e ingênuas, fazem da paisagem o regaço de sua infância. Confira também:

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