Tecelagem: um pouco de sua história

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Hoje vamos falar de tecelagem. Não sabemos precisamente quando essa arte começou, mas é do conhecimento comum que, na Antiguidade, os povos da Mesopotâmia, Egito, Pérsia, Índia, China, Grécia e Roma já tinham esse costume. As diversas técnicas e o colorido aparecem em peças muito bem elaboradas e, ainda hoje, países como a Turquia e o Irã perseveram na tradição da manufatura de tapetas e outros materiais afins.

Na Idade Média, a Europa produz painéis tecidos com grande habilidade e sofisticada técnica para a época. Os motivos com temas históricos ou bíblicos eram muito utilizados na decoração de castelos e igrejas. Alguns inclusive tinham função narrativa, contando fatos em tapetes de parede sobre um determinado assunto vivido ou contado.

Depois do século XVI, a tapeçaria passa a ser tecida, em lugar da bordada. Notamos que nesse período, a pintura tem grande alcance e vem a influenciar os temas desenvolvidos na tapeçaria. A cidade de Bruxelas passa a ser o principal centro dessa arte tão marcante, muito embora a Europa inteira já tenha assumido fama mundial de produtora.

Segue a França, nesse mesmo século, como grande expoente. Em Fontaineblue (1539), Francisco I cria a primeira tapeçaria real. Anos depois, o ministro de Luís XIV, Jean-Baptiste Colbert, compra as propriedades de Saint Marcel (Paris) para que as oficinas de tecelagem se centralizassem em um só local.

No século XVIII, ateliês como o Aubusson e o Beauvais trabalham com motivos campestres e exóticos, formando grandes peças e destacadas relíquias para o período. Entre 1687 e 88, os Gobelins criam temas brasileiros, com autoria de Albert Eckhout, que ficaram conhecidas como Tapeçarias da Índias. No MASP, há exemplares dessa magnífica arte em exposição.

Artistas conhecidos, como Lucien Coutaud e Jean Lurçat, aprimoram novas técnicas, principalmente a criação do suporte. Bauhaus (1920), Alemanha, traz uma nova perspectiva para a tecelagem, com sua “maluca” performance.

Semana que vem, falaremos mais a respeito de tão significativa arte.


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Autora: Marcela de Baumont